terça-feira, 13 de julho de 2010
Forte de Copacabana recebe Festival de Cultura Francesa
Entre os dias 14 e 18 de julho, quem passar pelo Forte de Copacabana vai se sentir em um pedacinho da França. Pela quarta vez no Rio de Janeiro, acontece o Festival de Cultura Francesa - C´est Si Bon - criado para celebrar a presença da cultura francesa em nossas praias. A cada ano, o festival vem maior e com atrações imperdíveis: em 2009, reuniu cerca de 20 mil pessoas em quatro dias.
Já na abertura, um autêntico arrasta-pé à francesa (dia 14/07, às 19hs) promete animar o público à beira-mar. A festa, promovida pelo Consulado Francês no Rio, comemora com alegria a data mais francesa do calendário - a Queda da Bastilha - com a Banda do Corpo de Bombeiros.
Entre as atrações, o melhor da musicalidade de brasileiros e franceses, com a participação de Andrea Dutra Quarteto; do grupo Feira Livre, com o autêntico samba-suíngue carioca; grupo de jazz Bernard Finnes Quartet; Suíte com Isabela Lages e o melhor da MPF - Música Popular Francesa; a cantora Lalá, que interpreta músicas de Chico Buarque em francês; e Orgue de Barbarie, uma tradição francesa apresentada por Pascal Kahn e Michel Tasky Trio, com repertório de clássicos de Charles Trenet e Aznavour.
A dança e as artes dramáticas também serão bem representadas com show de Cancan do Grupo de Dança Daniele Barradas; encenação de trechos da comédia-musical 'Oui, Oui a França é Aqui'; e o número de Can Can da peça 'A Gaiola das Loucas'. Jiddu Saldanha vai animar o público, principalmente as crianças, com mágica, poesia, mímica e humor.
Mas o 'C'est si Bon' conquistou os cariocas mesmo pela boca e este ano não será diferente: serão instalados estandes de comidas típicas, preparadas por chefs premiados como Frédéric Monnier (Brasserie Rosário), Patrick Blancard e Philippe Brye (Traiteurs de France), Olivier Cozan (Olivier Cozan), Ana Ribeiro (La Cigale), Zelmar Riccetto (Le Pain Du Lapin), Maria Victoria (Montagu) entre outros, com um menu repleto de iguarias como cassoulets, quiches, ratatouille, carré d'agneau, casserole de fruit de mer, degustação de ostras frescas, crepes doces e salgados, macarrons, croissants, tartellettes, éclairs, pães, patês, terrines, sopas, crème brûlée e canard confit.
O Festival contrará também com estandes de vinhos como SP Gourmet, Importadora Vitis Vinifera e ViniRio, tudo para mostrar que, em meio a técnicas e inspirações, a alta gastronomia é uma verdadeira arte francesa, n'est ce pas?!
Um dos destaques no quesito gastronomia é a apresentação de esquetes que unem técnica, criatividade e bom humor, o "Bate Panela". Idealizado e coordenado pelo chef Roland Villard (Le Pré Catelan), terá apresentações com profissionais renomados como Frédéric Monnier (Brasserie Rosário), Christophe Lidy (Garcia & Rodrigues), Ana Ribeiro (La Cigale), Maria Victoria (Bistrô Montagu e Astoria), Phillipe Brye (Traiteurs de France) e Damien Montecer (Teréze) num descontraído improviso de receitas e "intervenções" onde a personalidade e a paciência de cada um serão testadas.
O Festival de Cultura Francesa 'C´est Si Bon' integra as comemorações do Consulado Geral da França do Rio pelo 14 de julho, com o apoio do Forte de Copacabana e é uma realização do Boca a Boca com os seguintes patrocínios: PSA Peugeot Citröen, Alstom Brasil, GDF Suez do Brasil, Total E&P do Brasil, L'Oreal Brasil, Technip Brasil, Lafarge do Brasil S/A, Michelin, Servier, Societé Generale, Med.Rio Check-up, Airstar, TokStok, Thales, Tratto Comunicação e Chandon. No Rio de Janeiro, o evento acontece nos dias 14, 15, 16, 17 e 18 de julho, das 10h às 22h, no Forte de Copacabana, com entrada a R$10,00 e classificação livre. Voilà!
Serviço:
Festival de Cultura Francesa C'est Si Bon 2010
14, 15, 16, 17 e 18 de julho, das 10h às 22h
(programação artística inicia às 14h)
Forte de Copacabana: Campo de Marte. Praça Coronel Eugênio Franco I, Posto 6, Copacabana.
Entrada: R$10,00 (inteira). Meia-entrada para estudantes e idosos. Menores de 10 anos e maiores de 80 anos têm entrada gratuita. Censura: Livre
Estacionamento no local: R$3,00
www.bocaboca.com.br/cestsibon
Programação*:
Quarta-feira 14/07:
14h Can Can (Grupo Daniele Barradas)
14h30 Tambores do Rei
15h Jiddu (Mímica)
16h Maurice Baduh (Músicas de Aznavour)
16h30 Can Can (Daniele Barradas)
17h Jiddu (Mímica)
17h30 Lalá (Chico Buarque em Francês)
18h Banda do Corpo de Bombeiros do RJ (Jazz)
18h30 Discurso do CÔnsul Gerald a França no Rio de Janeiro
19h Baile com a Banda do Corpo de Bombeiros do RJ
20h30 Feira Livre (Samba-suíngue Carioca)
21h30 Tambores do Rei e Can Can (Daniele Barradas)
Quinta-feira 15/07
14h Can Can (Grupo Daniele Barradas)
14h30 Tambores do Rei
15h Jiddu (Mímica)
16h Can Can (Daniele Barradas)
16h30 Tambores do Rei
17h Jiddu (Mímica)
17h30 Michel Tasky Trio (Clássicos Franceses)
18h30 Can Can (Daniele Barradas)
19h Suite (Música Popular Francesa)
20h Jiddu (Mímica)
20h30 Bernard Finnes Quartet
21h30 Tambores do Rei e Can Can (Daniele Barradas)
Sexta-Feira 16/07
14h Can Can (Daniele Barradas)
14h30 Tambores do Rei
15h Jiddu (Mímica)
16h Can Can (Daniele Barradas)
16h30 Tambores do Rei
17h Jiddu (Mímica)
17h30 Andrea Dutra Quarteto
18h Can Can (Daniele Barradas)
18h30 Tambores do Rei
19h Suite (Música Popular Francesa)
20h Jiddu (Mímica)
20h30 Michel Tasky Trio (Clássicos Franceses)
21h30 Can Can (Daniele Barradas) e Tambores do Rei
Sábado 17/07
14h Can Can (Daniele Barradas)
14h30 Tambores do Rei
15h Jiddu (Mímica)
16h Maricio Baduh (Músicas de Aznavour)
16h30 Can Can (Daniele Barradas)
17h Michel Tasky Trio (Clássicos Franceses)
18h Can Can (Daniele Barradas)
18h30 Trechos da Comédia-Musical "Oui, Oui... a França é Aqui!"
19h Jiddu (Mímica)
20h Can Can (Daniele Barradas) e Tambores do Rei
20h30 Feira Livre (Samba-Suíngue)
21h30 Tambores do Rei
Domingo 18/07
14h Can Can (Daniele Barradas)
14h30 Tambores do Rei
15h Jiddu (Mímica)
15h30h Maricio Baduh (Músicas de Aznavour)
16h Número de Can Can da peça "A Gaiola das Loucas"
16h30 Tambores do Rei
17h Jiddu (Mímica)
17h30 Michel Tasky Trio (Clássicos Franceses)
18h30 Can Can (Daniele Barradas)
19h Andrea Dutra Quarteto
19h30 Jiddu (Mímica)
20h Bernard Finnes Quartet
21h30 Can Can (Daniele Barradas) e Tambores do Rei
*Horários e artistas sujeitos a alteração
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Perfil Debora Olivieri
Simpatia é uma das principais características de Débora Olivieri. Sempre com um sorriso no rosto ela é um dos destaques do espetáculo musical O Despertar da Primavera, de Charles Moeller e Cláudio Botelho. Filha do ator Felipe Wagner e sobrinha da atriz Ida Gomes começou sua carreira artística em 1979, após ter cursado a Escola Macunaíma
Uma grata surpresa...
Uma decepção?
A sua primeira vez foi...
E a segunda...
Se o mundo acabasse hoje o que você faria?
Quem levaria para uma ilha deserta?
O que você mais gosta de fazer nas horas vagas?
O que mais te irrita nas pessoas?
Um sonho a ser realizado?
O que te conquista em uma pessoa?
Uma qualidade sua?
Um defeito....
Um grande momento em sua vida...
Um grande mico...
Um lugar para conhecer antes de morrer...
Seu ator favorito...
Atriz favorita...
Um cantor...
Uma cantora...
Uma lembrança de infância...
Uma lembrança não agradável...
Um livro...
Uma novela...
"TI TI TI".
Um espetáculo de teatro...
Vaidade é...
O amor é...
Atuar é...
Um Sonho de consumo?
Um lugar especial no Rio de Janeiro...
Um lugar especial no Brasil...
Um lugar especial no Mundo...
Existe receita para o sucesso?
Política no Brasil é...
Se prato favorito...
Se pudesse voltar no tempo...
Se pudesse prever o futuro...
Dinheiro é....
Uma palavra bonita...
Uma palavra feia...
Uma frase ou pensamento...
Foto: Arquivo Pessoal
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Campanha "Noite Preta do Bem!"
“Cantei numa festa super bonita, linda e maravilhosa, mas com uma chuva assustadora. A gente percebia que tinha alguma coisa estranha acontecendo, que aquela chuva estava além do normal”, contou Preta a imprensa, neste domingo .
No dia seguinte, ela pediu ajuda aos seus seguidores no Twitter para que doem um quilo de alimento não perecível para os desabrigados. A entrega deverá ser feita na boate The Week (Rua Sacadura Cabral, 154, Saúde, Rio de Janeiro), entre terça-feira e quinta-feira , das 14h às 18h. Ela também receberá as doações na quinta-feira durante seu show, Noite Preta.
Na sexta-feira , Preta segue para Angra dos Reis, onde entregará as doações pessoalmente. “Minha sogra, Reginalda Lima, tem um trabalho social com crianças carentes e está me ajudando a organizar tudo. Vou visitar também a comunidade de Perequê, que foi uma das mais atingidas pela chuva”, disse. “Vou fazer essa arrecadação durante quatro semanas, e pretendo ajudar algumas cidades da Baixada Fluminense que também foram atingidas pela chuva”.
A cantora, que tem quase 200 mil seguidores no Twitter, está animada. “Fiquei assustada com a proporção da solidariedade das pessoas, todo mundo querendo ajudar, dando idéia. Muita gente já se mobilizou com as doações”. Preta também pediu a ajuda do apresentador Luciano Huck, que tem cerca de um milhão e meio de seguidores no microblog, para ajudar a divulgar a campanha.
Como ajudar:
A entrega dos donativos deverá ser feita na boate The Week (Rua Sacadura Cabral, 154, Saúde, Rio de Janeiro), entre terça-feira e quinta-feira, das 14h às 18h. Ela também receberá as doações na quinta-feira, dia 7 de Janeiro, durante seu show, Noite Preta.
maiores informações pelo e-mail: noitepretajudangra@gmail.com
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Apresentamos: Louise D’Tuani
Aos 20 anos de idade a atriz Louise D’Tuani é um exemplo de simpatia e carisma. Contratada da TV Record ela interpretará Sônia, uma jovem apaixonada por André (Victor Faccinet) na próxima novela da emissora “Ribeirão do Tempo”. Bonita e talentosa ela é uma das estrelas que prometem brilhar nos próximos anos na televisão brasileira.
“A História não é bem baseada no Clássico Romeu e Julieta de forma alguma ...É um romance no "estilo"...O que nós temos em comum é o simples fato de nossas famílias não se gostarem... Sônia e André estudam no mesmo colégio, mas só mais a frente da trama vão viver um romance "proibido" pelo fato de suas famílias serem rivais”, conta Louise que já participou de seis novelas e se destaca como um dos mais promissores talentos da nova geração. “Eu sempre quis ser atriz desde criança tanto que comecei a estudar aos 9 anos sem nunca ter parado”, revela.
Com contrato até 2012 Louise divide seu tempo com o espetáculo “Confissões de Adolescentes” em cartaz no Shopping da Gávea. “O reconhecimento do público é muito gratificante, é sinal que você tem feito um bom trabalho... Fico muito feliz, principalmente por ter feito uma novela que atingia um público infantil muito grande... As crianças são o melhor termômetro, elas são sinceras”, destaca a atriz que revela ainda que sua experiência com o teatro tem sido muito satisfatória . “Tem sido super gratificante para o meu aprimoramento, ainda mais num grande sucesso do teatro que é Confissões de Adolescente”.
Em 2010 a jovem atriz planeja fazer cinema e continuar se destacando na telinha da Record. “Ano que vem estreia a novela e continuarei com a peça Confissões de Adolescente até março no Shopping da Gávea, e depois vamos continuar em turnê. Talvez ainda venha um filme em 2010”, encerra.
domingo, 15 de novembro de 2009
Entrevista Thiago Amaral
Natural do Rio Grande do Sul, Thiago Amaral é um talento promissor e uma das figuras mais cativantes da nova geração. Aos 14 anos começou a fazer teatro em sua escola, de lá pra cá despontou como uma das revelações da oficina de atores da TV GLOBO e hoje é uma das estrelas do musical O Despertar da Primavera, de Frank Wedekind, com versão brasileira de Charles Möeller e Cláudio Botelho. Fez participações em novelas, seriados e minisséries, onde demonstrou grande habilidade em sua interpretação.
No espetáculo encarou o desafio de viver Hanschen, um jovem alemão homossexual, a personagem mais polêmica da história. Entre os temas da entrevista, como a cena de um beijo com outro ator e comentada masturbação no palco, o ator revela como foi conceber a personagem que marca sua estreia como cantor nos palcos cariocas.
FZS: Como começou sua carreira com o teatro?
Thiago: “Eu comecei fazendo teatro no colégio,
FZS: Como foi ganhar um prêmio de melhor ator logo no início de sua carreira?
Thiago: “Foi uma descoberta, por que estes festivais as peças eram autorais, tínhamos montado D’artagnan e dos Três Mosqueteiros. E era tudo muito novo, era muito mais intuição do que qualquer outra coisa. Talvez eu não tenha levado tão a sério assim essa história de prêmio ou não, por que estava todo mundo se divertindo. Mais isso já foi um indicio muito forte do que eu iria fazer para resto da minha vida. O meu primeiro contato com o teatro de verdade foi nesses festivais. O fato de ter conseguido me experimentar o bastante para as pessoas me reconhecerem e elogiarem ao ponto de ganhar um prêmio foi maravilhoso. Mais para me dar um norte do que eu quero fazer do que propriamente um prêmio”.
FZS: E existe hoje a vontade de ganhar mais prêmios?
Thiago: “Existe vontade, mas eu acho que isso é conseqüência. Muito mais do processo de trabalho do que de qualquer outra coisa. Eu não trabalho pensando em ganhar prêmio. Se você começar um trabalho pensando nisso, não vai ser sincero com você, nem com a figuro que você esta montando. Os prêmios são muito bem vindo, se vierem, mas isso é conseqüência”.
FZS: Qual foi a importância da formação acadêmica na sua trajetória?
Thiago: “O Rio de Janeiro é um mercado muito inflado, então quando eu vim para cá, senti que quanto mais experiência e estrumentalização eu tiver, eu não vou ser mais um. Você tem com o que trabalhar, caso que exijam algum determinado aspecto. Eu acho que o talento é muito importante, mas mais importante é a técnica, por que é a técnica que vai salvar. É ela que vai fazer você repetir 50 vezes o mesmo espetáculo, como aconteceu semana passada aqui, quando completamos 50 apresentações. O talento vai ajudar a você ter um certo brilho, mas é a técnica que vai fazer você entrar em contato com o espectador. O talento e a simpatia têm hora que não vem, tem hora que você não acorda bem, ou de mau humor, tem hora que você não quer fazer e o que vai salvar vai ser a técnica”.
FZS: E como sair de casa e vir para o Rio de Janeiro?
Thiago: “Isso foi um processo muito rico para mim, principalmente como ator. Eu gosto de citar um livro chamado Cartas a um Jovem Poeta, de um autor alemão, ele fala que uma das coisas que ator, poeta ou profissional da arte precisa passar é o processo da solidão. E a solidão não precisa ser alguma coisa ruim, pode ser um silencio e vir morar sozinho aqui, em outra cidade, me veio essa citação. Esse processo de altoconhecimento é muito importante. Passei por alguns perrengues aqui, mas isso me ajudou a crescer. Quando eu cheguei aqui eu passei por algumas provas que me fizeram ver que aqui vai ser o meu lugar. É aqui que eu quero construir minha carreira e começar a trabalhar’’.
FZS: E como foi a experiência com publicidade?
Thiago: “Eu trabalhei muito com publicidade no sul, paralelo a faculdade eu comecei a fazer testes. Fiz mais 30 propagandas. Foi bem legal por que foi meu primeiro contato com o veículo televisão”.
FZS: Como você foi selecionado para a oficina de atores da TV GLOBO?
Thiago: “Foi um processo de testes bem forte. O Leo Gama que é responsável pela pesquisa da Globo foi para o sul e lá ele marcou uma entrevista comigo, através da agência e a partir dessa entrevista ele decidiu que eu poderia fazer um registro. Me deu um texto, um monologo, eu gravei e ele trouxe a fita aqui pro Rio. Duas semana depois ele me ligou dizendo que eu estava sendo selecionado para começar a fazer os testes para a oficina. Eu vim pro Rio, fiquei uma semana aqui, e participei de uma bateria de três dias de testes. Dinâmica de grupo, exercício de improvisação, você grava uma cena em dupla e no final do processo você grava um monologo. E essa gravação vai passar por uma banca de diretores da casa e de professores da oficina e depois de umas duas ou três semana ele me ligou novamente. Eu me lembro de cada detalhe. Eu estava trabalhando na assistência de produção de elenco em uma produtora, estava editando um vídeo, e meu telefone tocou com o DDD 021. Ele disse para eu pensar em uma notícia boa e eu não acreditei. Sai e fui pra rua e liguei para minha mãe”.
FZS: Quais foram seus trabalhos dentro da oficina?
Thiago: “Eu fiz Ciranda de Pedra, A Favorita, Casos & Acasos, Dicas de um Sedutor, Toma lá dá cá, todos durante minha estada na oficina. Temos um contato bem estreito com os produtores de elenco, eles vão lá na oficina conhecer a gente e conversar. Foram participações pequenas, mas todas com texto. O teatro é minha casa, é onde eu nasci. Onde eu me descobri ator. E entrar em contato com toda aquela produção que a Tv Globo tem, com aquela estrutura imensa faz muito bem. Conheci pessoas maravilhosas, a Arlete Salles tem uma foto muito interessante comigo, eu fiz o namorado dela em Toma lá dá cá e tinha de beijar e foi uma coisa tão tranqüila. Foi uma experiência muito boa ter passado por lá e ter participado da oficina”.
FZS: você já cantava antes do musical?
Thiago: Eu tocava violão de vez em quando com os amigos. Eu fui aperfeiçoar para o espetáculo. Comecei a fazer aula de canto, fonoaudiólogo e isso muda tudo. Quando eu fui fazer aula mesmo e ter noção de tempo, de nota, de sustentação, ritmo e coisas assim, foi bem diferente. Sempre tive contato com a musica, mas como hobby. Eu me lembro quando criança que minha mãe antes de dormir rodava um LP e fazia eu identificar onde estava o som de cada instrumento. Onde estava o som do baixo, do teclado, se tinha segunda voz, então essa musicalidade que eu tenho hoje começou na infância”.
FZS: E como foi ser selecionado para participar de O Despertar da Primavera?
Thiago: “O meu empresário ficou sabendo da audição e a produtora de elenco pediu para que eu gravasse uma demo. Fui para um estúdio gravei uma demo (violão e voz) e a partir disso ela me convidou para fazer a audição. Tinha de cantar uma musica de musical e comecei a pesquisar. Eu me apavorei, as músicas que eu pesquisei eram óperas. No dia do teste até o pianista não consegui me acompanhar. Acabou o teste eu olhei para o Charles e disse é isso. E ele disse que foi bom e me chamou. Conversou comigo e disse que eu passaria para a segunda audição e ele me deu uma cena da peça e pediu para eu cantar outra música. Voltei dois dias depois com a cena e a outra música. Essa audição foi um momento muito especial para mim por que eu já estava hã um ano e meio aqui no Rio só fazendo televisão e o teste foi em um teatro. Foi no Teresa Rachel. Quando eu entrar para fazer a audição e vi que era um teatro disse logo: aqui é minha casa, aqui é meu ninho de experimentação. Então por mais que eu não soubesse o que ia acontecer neste minha primeira audição foi tudo muito confortável para mim, fui muito feliz durante aquele minutos. E isso foi importante para eu estar aqui agora neste espetáculo”.
FZS: O que narra o espetáculo?
Thiago: “O espetáculo é de um texto do século XIX, de 1891, de um autor chamado Frank Wedekind. É um texto que trata sobre as figuras de autoridade e os jovens. Ele logo de início é quase uma tragédia, o musical dá uma aliviada. Ele trata de insesto, aborto, suicídio, relação homossexual e masturbação. Ele pega todos esses questionamentos e esses conflitos adolescentes e joga para uma época onde tudo era muito reprimido. Estamos na Alemanha em 1891 tratando de assuntos que até hoje são polêmicos. O autor fez uma das cenas em que eu faço que é de um beijo homossexual, ele fez esta cena por que encontrou dois amigos mortos no campo. Provavelmente dois amigos que se amavam e não conseguiram agüentar tamanha repressão da sociedade e selaram um certo pacto e foram encontrados mortos. As músicas vieram a partir de um workshop de oito anos da Broadway. Eles pegaram o texto e condensaram. As músicas mostram momentos da peça que não são falados. Elas entram no plano do pensamento dos personagens. O texto é maravilhoso de se trabalhar, eu já tinha visto ele sendo encenado lá
FZS: Quando você fez a audição você já sabia que se tratava de um texto polêmico?
Thiago: “Sabia que era um texto polêmico, mas não sabia que o meu personagem, que é o Hanschen, seria o mais polêmico. O Hanschem é tratado pelo autor como o início do nazismo na Alemanha. Todos os jovens da história vão caindo e ele é o único que sobre. Mas por que isso? Porque ele sabe lidar com o sistema. Ele é frio e cruel, mas em compensação é o único jeito que ele arranja para sobreviver nesse meio. Ele é bem subversivo! E tem duas cenas chaves que são bem fortes e polêmicas. Umas que é de masturbação e outra cena homossexual. Então além de tudo é um desafio tremendo e diário”.
FZS: De onde veio a inspiração para interpretar o Hanschen?
Thiago: “Eu vi muitos filmes do Fassbinder que é um diretor alemão e vi muitas vezes A Queda: As últimas horas de Hitler. Por que o alemão, ele é quase um alien para nós brasileiros por que nas situações mais perigosas ele esta com controle, ou pelo menos aparenta isso. Um bomba pode estar explodindo daqui há 5 segundos, mas ele aparentemente terá controle sobre isso, por mais que não tenha. E o meu personagem só sobrevive por que ele é assim”.
FZS: E como é a reação do público com o seu personagem?
Thiago: “A reação foi surpreendente por que o Hanschen é muito cínico. E o cinismo é uma porta muito boa para você dialogar com o público. Por que ele torna as situações mais constrangedoras
FZS: E como tratar de temas tão polêmicos sem cair nos clichês?
Thiago: “Sendo sincero. A minha única alternativa com o Hanschen é ser sincero com ele. Por que se eu criticar ele ou colocar um rótulo na cara dele, se chamá-lo de vilão ou homossexual, não. O texto é muito bom e se você parar para ler e estudar tem tudo ali. Eu trato com a mesma sinceridade que eu trato o Thiago. A impressão que eu tenho é que o Hanshcen coloca os assuntos na mesa de jantar. As pessoas vem me falar isso. E isso é de uma importância e honra para mim de estar conseguindo abrir espaço em famílias mesmo, para conversar sobre esses temas. E a cena da masturbação foi um processo bem focado nesse sentido assim. Tem o cuidado de ser sutil, mas também tem a ânsia do cara que esta ali. Ele se masturba com uma pintura renascentista. Essa cena é muito técnica. Por que existe uma preocupação e com o ritmo e é uma cena que tem quebra toda hora, pois o pai dele bate na porta toda hora. É um espetáculo onde você não vai sair do jeito que entrou. Alguma pulga atrás da orelha você vai ter”.
FZS: Você pretende continuar fazendo musicais?
Thiago: “Eu estou fascinado. Trabalhar com Charles e com Cláudio é um privilegio imenso. É de um profissionalismo, sinto que todo mundo abraçou o espetáculo de uma maneira muito intensa. É um trabalho que exige tudo do ator, tem que estar com o corpo excelente, com uma voz excelente e a parte de interpretação. Além de tudo é um exercício muito gostoso e pretendo continuar”.
FZS: E os planos para 2010?
Thiago: “Agora eu só penso no espetáculo assim. Vou deixar vir o que tiver de vir. Mas o meu foco agora é continuar com o espetáculo. Penso em trabalhar com cinema e televisão, por que o ator tem de estar preparado para todas as linguagens. Então venha o que tiver de vir”.
Serviço
“O Despertar da Primavera”
Teatro Villa-Lobos - Av. Princesa Isabel, 440. Copacabana
Temporada de 21 de agosto a 15 de novembro
Quintas e sextas, às 21h/ Sábados, às 21h30. Domingos, às 18h.
Ingressos a R$ 60 (quintas e sextas); R$ 70 (domingos) e R$ 80 (sábados).
Classificação 14 anos
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Nova edição
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Olha quem passou pelo Fashion Rio...
Angela Vieira
Sabrina Sato e Christian Pior
sábado, 23 de maio de 2009
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
A História do Teatro Tablado
Em 1964 criou um curso de improvisação no TABLADO, que dirigiu até o seu falecimento.
Maria Clara Machado escreveu 24 livros e 32 espetáculos. É um dos ícones mais lembrados e estudados na história do teatro brasileiro. Foi uma mulher à frente do seu tempo que, escreveu com dedicação e trabalho textos imortais da literatura teatral brasileira.
Foto: Agência FB
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Me dá que eu te dou!
Agora vamos inverter a situação. Quando foi a última vez que você quebrou o galho de alguém, pediu desculpas sinceras ou deu um presente sem data especial? Já fez uma declaração de amor? Seja sincero com você mesmo. Na escola para a coleguinha quando tinha seis anos? Fala sério!
O ser humano é muito engraçado: quer amor, atenção, oportunidades, mas não quer dar. Quer ver todas suas necessidades sanadas, porém quando alguém vira pra pedir ajuda: “Pô to sem tempo”. “Claro que posso, já te ligo” e desliga o celular ou verifica a bina antes de atender. “Queria muito te ajudar, mas tenho missa de um mês de falecimento da Bisavó da sobrinha da prima do irmão da minha vizinha”
É o jogo de cintura pra driblar qualquer trabalho que não seja em benefício próprio. É egoísmo? Não! É insegurança. Natural num país de terceiro mundo onde o complexo de inferioridade é latente desde que nascemos. Somos um país pobre, mas não somos incapazes. A principal riqueza que nos falta é a de espírito, porque nos achamos ridículos fazendo declarações, bobos dando presentes à toa, inferiores pedindo perdão, idiotas por ajudar alguém, medíocres por dar o braço a torcer. E, se admitirmos um erro, certamente descobrirão que somos um fracasso. Quanta bobagem no mundo.
Todas as atitudes que possam exaltar o outro vão contra a principal necessidade proveniente da competição capitalista da sociedade atual: diminuir ao outro para garantir sua própria auto-estima. Aliás, numa sociedade hipócrita, de valores tão equivocados, ser autêntico é um ato de coragem. Por tudo isso, dói quando a gente vê o outro feliz, por isso a gente se nega a elogiar qualidades e reconhecer talentos. Por isso a inveja. Então somos falsos, trapaceamos, pisamos, mentimos, agredimos, corrompemos, subornamos, ofendemos, traímos e fingimos ser o máximo. E no meio de tanta mentira, acabamos nos perdendo das nossas próprias e reais capacidades. Somos medíocres ao tentar não ser. Contradição absurda. Uma maioria que perde a paz e passa as horas sob a tensão de ser desmascarada. É uma bola de neve. Ansiedade, TOC, depressão, transtorno bipolar, insônia, cocaína, maconha, alcoolismo, cigarro, promiscuidade. Perdemos pra nós mesmos e corremos atrás de um prejuízo que não precisava existir. Torpe miopia! Fingimos ser aquilo que não somos para ser melhor perante todos, e tolos, não percebemos que ser a gente mesmo é ser melhor para nós, para o mundo, e, principalmente, para ser feliz...
Luciano Cazz
terça-feira, 30 de setembro de 2008
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Ele tem namorado e não é gay?!
Ontem, um dos meus melhores amigos me contou com muita naturalidade:
- Sabe o Rafa?
- Que divide o apê contigo...
- Isso. É meu namorado.
A primeira sensação foi de que era mais uma brincadeira. Mas no seu olhar percebi que era papo reto. Fiquei tenso. Na real chocado. E acabei balbuciando o que parecia evidente:
- Você é gay?
- Não!
Voltei a pensar que era zoação. Um cara que namora um homem e não é gay?!
- Descreva uma camisa gay.
- Justa, rosa.
Fui sucinto e óbvio. Estava confuso.
- Eu usaria essa camisa?
- De jeito nenhum!
Respondi rindo porque esse meu amigo é muito tosco. Não usa nem loção pós-barba.
- Então dentro desse conceito de gay que você aplicou na camisa, eu sou gay?
- Caramba...Não! Mas então?
- Gay é um rótulo criado pelo preconceito. O problema não está na palavra, mas na forma como ela é utilizada. “Ele é gay!” Geralmente com raiva, decepção, amargura, deboche ou apenas para diminuir. Raramente uma constatação sem censura ou maldade. Pior ainda é veado, boiola, bicha. Palavras que carregam consigo o signo de atração entre dois homens de forma totalmente pejorativa, embutindo um preconceito que beira à ignorância e transforma uma simples realidade em algo depreciativo, ruim, errado. Um conceito social equivocado que derruba a auto-estima de quem sente atração por iguais lá no chão. Ainda mais num mundo onde a diversidade sexual é muito vasta para ser rotulada em apenas dois ou três aspectos.
Para me envolver com outro homem não preciso dessa nomenclatura, cilada da burguesia para derrubar a aristocracia passada, cujos desejos não eram reprimidos.
Ser “meio gay” não tem nada a ver com sentir atração por homens, e sim, com ter trejeitos afeminados. E não é porque sou capaz de amar um homem que preciso falar: Ma-ra-vi-lhóóó-sa. Nunca quis ser mulher. Gosto de ser homem.
As pessoas mitificam o sexo entre iguais. Se o cara passa a vida inteira transando com mulher e um dia ele se envolve com um homem, é gay. Melhor, se descobriu. Agora se resolve trocar um homem por uma mulher, é lapso. E nunca deixará de ser rotulado como gay. Até porque a maioria prefere ver o foco sobre a (homo)sexualidade do outro. Assim, não precisa admitir, nem para si mesmo, sua própria atração pelo igual, eximindo-se de toda carga negativa, culposa e até suja, criada arbitrariamente, em torno do conceito do sexo entre pessoas do mesmo gênero. Ou você tem alguma dúvida de que o homofóbico deseja homens?
Eu gosto de homens sim e se esse sentimento nasce tão naturalmente em mim, porque vou agir de forma diferente?
Diante das palavras do meu amigo do peito, algumas coisas foram clareando, mas outras permaneceram completamente iguais. Mesmo com a revelação, a ele, realmente, não se encaixava o conceito de gay, mas o de grande homem, eu não tinha mais dúvidas...