terça-feira, 13 de julho de 2010

Forte de Copacabana recebe Festival de Cultura Francesa


Entre os dias 14 e 18 de julho, quem passar pelo Forte de Copacabana vai se sentir em um pedacinho da França. Pela quarta vez no Rio de Janeiro, acontece o Festival de Cultura Francesa - C´est Si Bon - criado para celebrar a presença da cultura francesa em nossas praias. A cada ano, o festival vem maior e com atrações imperdíveis: em 2009, reuniu cerca de 20 mil pessoas em quatro dias.




Já na abertura, um autêntico arrasta-pé à francesa (dia 14/07, às 19hs) promete animar o público à beira-mar. A festa, promovida pelo Consulado Francês no Rio, comemora com alegria a data mais francesa do calendário - a Queda da Bastilha - com a Banda do Corpo de Bombeiros.



Entre as atrações, o melhor da musicalidade de brasileiros e franceses, com a participação de Andrea Dutra Quarteto; do grupo Feira Livre, com o autêntico samba-suíngue carioca; grupo de jazz Bernard Finnes Quartet; Suíte com Isabela Lages e o melhor da MPF - Música Popular Francesa; a cantora Lalá, que interpreta músicas de Chico Buarque em francês; e Orgue de Barbarie, uma tradição francesa apresentada por Pascal Kahn e Michel Tasky Trio, com repertório de clássicos de Charles Trenet e Aznavour.



A dança e as artes dramáticas também serão bem representadas com show de Cancan do Grupo de Dança Daniele Barradas; encenação de trechos da comédia-musical 'Oui, Oui a França é Aqui'; e o número de Can Can da peça 'A Gaiola das Loucas'. Jiddu Saldanha vai animar o público, principalmente as crianças, com mágica, poesia, mímica e humor.



Mas o 'C'est si Bon' conquistou os cariocas mesmo pela boca e este ano não será diferente: serão instalados estandes de comidas típicas, preparadas por chefs premiados como Frédéric Monnier (Brasserie Rosário), Patrick Blancard e Philippe Brye (Traiteurs de France), Olivier Cozan (Olivier Cozan), Ana Ribeiro (La Cigale), Zelmar Riccetto (Le Pain Du Lapin), Maria Victoria (Montagu) entre outros, com um menu repleto de iguarias como cassoulets, quiches, ratatouille, carré d'agneau, casserole de fruit de mer, degustação de ostras frescas, crepes doces e salgados, macarrons, croissants, tartellettes, éclairs, pães, patês, terrines, sopas, crème brûlée e canard confit.



O Festival contrará também com estandes de vinhos como SP Gourmet, Importadora Vitis Vinifera e ViniRio, tudo para mostrar que, em meio a técnicas e inspirações, a alta gastronomia é uma verdadeira arte francesa, n'est ce pas?!



Um dos destaques no quesito gastronomia é a apresentação de esquetes que unem técnica, criatividade e bom humor, o "Bate Panela". Idealizado e coordenado pelo chef Roland Villard (Le Pré Catelan), terá apresentações com profissionais renomados como Frédéric Monnier (Brasserie Rosário), Christophe Lidy (Garcia & Rodrigues), Ana Ribeiro (La Cigale), Maria Victoria (Bistrô Montagu e Astoria), Phillipe Brye (Traiteurs de France) e Damien Montecer (Teréze) num descontraído improviso de receitas e "intervenções" onde a personalidade e a paciência de cada um serão testadas.



O Festival de Cultura Francesa 'C´est Si Bon' integra as comemorações do Consulado Geral da França do Rio pelo 14 de julho, com o apoio do Forte de Copacabana e é uma realização do Boca a Boca com os seguintes patrocínios: PSA Peugeot Citröen, Alstom Brasil, GDF Suez do Brasil, Total E&P do Brasil, L'Oreal Brasil, Technip Brasil, Lafarge do Brasil S/A, Michelin, Servier, Societé Generale, Med.Rio Check-up, Airstar, TokStok, Thales, Tratto Comunicação e Chandon. No Rio de Janeiro, o evento acontece nos dias 14, 15, 16, 17 e 18 de julho, das 10h às 22h, no Forte de Copacabana, com entrada a R$10,00 e classificação livre. Voilà!



Serviço:



Festival de Cultura Francesa C'est Si Bon 2010



14, 15, 16, 17 e 18 de julho, das 10h às 22h



(programação artística inicia às 14h)



Forte de Copacabana: Campo de Marte. Praça Coronel Eugênio Franco I, Posto 6, Copacabana.



Entrada: R$10,00 (inteira). Meia-entrada para estudantes e idosos. Menores de 10 anos e maiores de 80 anos têm entrada gratuita. Censura: Livre



Estacionamento no local: R$3,00



www.bocaboca.com.br/cestsibon





Programação*:







Quarta-feira 14/07:







14h Can Can (Grupo Daniele Barradas)



14h30 Tambores do Rei



15h Jiddu (Mímica)



16h Maurice Baduh (Músicas de Aznavour)



16h30 Can Can (Daniele Barradas)



17h Jiddu (Mímica)



17h30 Lalá (Chico Buarque em Francês)

18h Banda do Corpo de Bombeiros do RJ (Jazz)



18h30 Discurso do CÔnsul Gerald a França no Rio de Janeiro



19h Baile com a Banda do Corpo de Bombeiros do RJ



20h30 Feira Livre (Samba-suíngue Carioca)



21h30 Tambores do Rei e Can Can (Daniele Barradas)







Quinta-feira 15/07







14h Can Can (Grupo Daniele Barradas)



14h30 Tambores do Rei



15h Jiddu (Mímica)



16h Can Can (Daniele Barradas)



16h30 Tambores do Rei



17h Jiddu (Mímica)



17h30 Michel Tasky Trio (Clássicos Franceses)



18h30 Can Can (Daniele Barradas)



19h Suite (Música Popular Francesa)



20h Jiddu (Mímica)



20h30 Bernard Finnes Quartet



21h30 Tambores do Rei e Can Can (Daniele Barradas)











Sexta-Feira 16/07







14h Can Can (Daniele Barradas)



14h30 Tambores do Rei



15h Jiddu (Mímica)



16h Can Can (Daniele Barradas)



16h30 Tambores do Rei



17h Jiddu (Mímica)



17h30 Andrea Dutra Quarteto



18h Can Can (Daniele Barradas)



18h30 Tambores do Rei



19h Suite (Música Popular Francesa)



20h Jiddu (Mímica)



20h30 Michel Tasky Trio (Clássicos Franceses)



21h30 Can Can (Daniele Barradas) e Tambores do Rei











Sábado 17/07







14h Can Can (Daniele Barradas)



14h30 Tambores do Rei



15h Jiddu (Mímica)



16h Maricio Baduh (Músicas de Aznavour)



16h30 Can Can (Daniele Barradas)



17h Michel Tasky Trio (Clássicos Franceses)



18h Can Can (Daniele Barradas)



18h30 Trechos da Comédia-Musical "Oui, Oui... a França é Aqui!"



19h Jiddu (Mímica)



20h Can Can (Daniele Barradas) e Tambores do Rei



20h30 Feira Livre (Samba-Suíngue)



21h30 Tambores do Rei







Domingo 18/07







14h Can Can (Daniele Barradas)



14h30 Tambores do Rei



15h Jiddu (Mímica)



15h30h Maricio Baduh (Músicas de Aznavour)



16h Número de Can Can da peça "A Gaiola das Loucas"



16h30 Tambores do Rei



17h Jiddu (Mímica)



17h30 Michel Tasky Trio (Clássicos Franceses)



18h30 Can Can (Daniele Barradas)



19h Andrea Dutra Quarteto



19h30 Jiddu (Mímica)



20h Bernard Finnes Quartet



21h30 Can Can (Daniele Barradas) e Tambores do Rei




*Horários e artistas sujeitos a alteração

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Cidade Maravilhosa (Caetano Veloso)

Perfil Debora Olivieri

Por Fábio Barbosa (blogfb@hotmail.com)



Simpatia é uma das principais características de Débora Olivieri. Sempre com um sorriso no rosto ela é um dos destaques do espetáculo musical O Despertar da Primavera, de Charles Moeller e Cláudio Botelho. Filha do ator Felipe Wagner e sobrinha da atriz Ida Gomes começou sua carreira artística em 1979, após ter cursado a Escola Macunaíma em São Paulo. Na TV, Debora participou de programas infantis de sucesso como Castelo Ratimbum e No Mundo da Lua, na TV Cultura. Teve grande destaque também como a vilã Carmem em Chiquititas, novela do STB em parceria com a Telefé, da Argentina. Na TV Globo participou de novelas como A Lua Me Disse, Esperança, Terra Nostra e algumas minisséries. No cinema fez Copacabana, entre outros e estreou agora em janeiro o filme High School Musical Brasil - O Desafio, onde faz parte do elenco.



Uma grata surpresa...

"Governantes que não robem".

Uma decepção?

"Os que robam".

A sua primeira vez foi...

"Uma delícia estranha e nova".

E a segunda...

"Incrível".

Se o mundo acabasse hoje o que você faria?

"O que fazer se tudo acabou?"

Quem levaria para uma ilha deserta?

"Bons livros, música boa, muito protetor solar e um marinheiro".

O que você mais gosta de fazer nas horas vagas?

"Ler, escuta música, cinema, teatro e outras cositas mas..."

O que mais te irrita nas pessoas?

"Cigarro".

Um sonho a ser realizado?

"Fazer um filme com Almodovar".

O que te conquista em uma pessoa?

"Sinceridade, transparência e fidelidade".

Uma qualidade sua?

"Sinceridade, transparência e fidelidade"

Um defeito....

"Muito crítica comigo mesma".

Um grande momento em sua vida...

"Maternidade".

Um grande mico...

"Vários. Sou a Rainha do Mico, sou muito sincera e expontânea, pode imaginar? Falo sem pensar em qualquer lugar e hora".

Um lugar para conhecer antes de morrer...

"Marrocos e Japão".

Seu ator favorito...

"Alpacino e Selton Mello".

Atriz favorita...

"Cate Blanchet e Marília Pêra".

Um cantor...

"Moska".

Uma cantora...

"Eliz Regina".

Uma lembrança de infância...

"Minha Mãe".

Uma lembrança não agradável...

"Morte da minha Mãe".

Um livro...

"Para sempre Alice de Lisa Genova".

Uma novela...

"TI TI TI".


Um espetáculo de teatro...

"O Despertar da Primavera".

Vaidade é...

"Burrice".

O amor é...

"Necessário".

Atuar é...

"Vital".

Um Sonho de consumo?

"Não tenho. Pois tenho tudo o que posso querer e ter. Nunca desejo o impossível para não virar um sonho. Quero Realidades!"

Um lugar especial no Rio de Janeiro...

"Minha Casa em Santa Teresa".

Um lugar especial no Brasil...

"Rio de Janeiro".

Um lugar especial no Mundo...

"Argentina, Buenos Aires".

Existe receita para o sucesso?

"Talento e vocação".

Política no Brasil é...

"Suja e corrupta. Detesto!"

Se prato favorito...

"Comida Japonesa".

Uma mulher bonita...
"Maitê Proença".

Se pudesse voltar no tempo...

"Não voltaria. Sou muito melhor hoje".

Se pudesse prever o futuro...

"Não quererua, amo o presente".

Dinheiro é....

"Necessário".

Uma palavra bonita...

"Água".

Uma palavra feia...

"Corrupto".

Uma frase ou pensamento...

"Não se arrependa daquilo que fez, só do que não fez".


Foto: Arquivo Pessoal

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Campanha "Noite Preta do Bem!"

Preta Gil está em campanha para aj udar as vítimas da tragédia de Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro. Na madrugada de sexta-feira , mais de 40 pessoas morreram e mais de 800 ficaram desabrigadas depois do desabamento de uma encosta em Ilha Grande. Preta, que estava na cidade para se apresentar na festa de réveillon do empresário Henrique Pinto, ficou sensibilizada com a situação.

“Cantei numa festa super bonita, linda e maravilhosa, mas com uma chuva assustadora. A gente percebia que tinha alguma coisa estranha acontecendo, que aquela chuva estava além do normal”, contou Preta a imprensa, neste domingo .

No dia seguinte, ela pediu ajuda aos seus seguidores no Twitter para que doem um quilo de alimento não perecível para os desabrigados. A entrega deverá ser feita na boate The Week (Rua Sacadura Cabral, 154, Saúde, Rio de Janeiro), entre terça-feira e quinta-feira , das 14h às 18h. Ela também receberá as doações na quinta-feira durante seu show, Noite Preta.

Na sexta-feira , Preta segue para Angra dos Reis, onde entregará as doações pessoalmente. “Minha sogra, Reginalda Lima, tem um trabalho social com crianças carentes e está me ajudando a organizar tudo. Vou visitar também a comunidade de Perequê, que foi uma das mais atingidas pela chuva”, disse. “Vou fazer essa arrecadação durante quatro semanas, e pretendo ajudar algumas cidades da Baixada Fluminense que também foram atingidas pela chuva”.

A cantora, que tem quase 200 mil seguidores no Twitter, está animada. “Fiquei assustada com a proporção da solidariedade das pessoas, todo mundo querendo ajudar, dando idéia. Muita gente já se mobilizou com as doações”. Preta também pediu a ajuda do apresentador Luciano Huck, que tem cerca de um milhão e meio de seguidores no microblog, para ajudar a divulgar a campanha.

Como ajudar:

A entrega dos donativos deverá ser feita na boate The Week (Rua Sacadura Cabral, 154, Saúde, Rio de Janeiro), entre terça-feira e quinta-feira, das 14h às 18h. Ela também receberá as doações na quinta-feira, dia 7 de Janeiro, durante seu show, Noite Preta.
maiores informações pelo e-mail: noitepretajudangra@gmail.com

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Apresentamos: Louise D’Tuani


Por Fábio Barbosa (blogfb@hotmail.com)

Aos 20 anos de idade a atriz Louise D’Tuani é um exemplo de simpatia e carisma. Contratada da TV Record ela interpretará Sônia, uma jovem apaixonada por André (Victor Faccinet) na próxima novela da emissora “Ribeirão do Tempo”. Bonita e talentosa ela é uma das estrelas que prometem brilhar nos próximos anos na televisão brasileira.

“A História não é bem baseada no Clássico Romeu e Julieta de forma alguma ...É um romance no "estilo"...O que nós temos em comum é o simples fato de nossas famílias não se gostarem... Sônia e André estudam no mesmo colégio, mas só mais a frente da trama vão viver um romance "proibido" pelo fato de suas famílias serem rivais”, conta Louise que já participou de seis novelas e se destaca como um dos mais promissores talentos da nova geração. “Eu sempre quis ser atriz desde criança tanto que comecei a estudar aos 9 anos sem nunca ter parado”, revela.

Com contrato até 2012 Louise divide seu tempo com o espetáculo “Confissões de Adolescentes” em cartaz no Shopping da Gávea. “O reconhecimento do público é muito gratificante, é sinal que você tem feito um bom trabalho... Fico muito feliz, principalmente por ter feito uma novela que atingia um público infantil muito grande... As crianças são o melhor termômetro, elas são sinceras”, destaca a atriz que revela ainda que sua experiência com o teatro tem sido muito satisfatória . “Tem sido super gratificante para o meu aprimoramento, ainda mais num grande sucesso do teatro que é Confissões de Adolescente”.

Em 2010 a jovem atriz planeja fazer cinema e continuar se destacando na telinha da Record. “Ano que vem estreia a novela e continuarei com a peça Confissões de Adolescente até março no Shopping da Gávea, e depois vamos continuar em turnê. Talvez ainda venha um filme em 2010”, encerra.

domingo, 15 de novembro de 2009

Entrevista Thiago Amaral

Em um sábado de primavera, com 40 graus de sensação térmica, Copacabana estava quente. Nas poltronas do teatro Villa-Lobos, na Av. Princesa Isabel, o ator Thiago Amaral deixou os ensaios do espetáculo musical O Despertar da Primavera para conversar com a equipe do FZS.


Natural do Rio Grande do Sul, Thiago Amaral é um talento promissor e uma das figuras mais cativantes da nova geração. Aos 14 anos começou a fazer teatro em sua escola, de lá pra cá despontou como uma das revelações da oficina de atores da TV GLOBO e hoje é uma das estrelas do musical O Despertar da Primavera, de Frank Wedekind, com versão brasileira de Charles Möeller e Cláudio Botelho. Fez participações em novelas, seriados e minisséries, onde demonstrou grande habilidade em sua interpretação.
No espetáculo encarou o desafio de viver Hanschen, um jovem alemão homossexual, a personagem mais polêmica da história. Entre os temas da entrevista, como a cena de um beijo com outro ator e comentada masturbação no palco, o ator revela como foi conceber a personagem que marca sua estreia como cantor nos palcos cariocas.



FZS: Como começou sua carreira com o teatro?




Thiago: “Eu comecei fazendo teatro no colégio, em Porto Alegre, onde nasci e morei. Comecei a fazer teatro com o primeiro grupo de teatro que teve na escola. Chegamos a participar de alguns festivais que aconteciam no interior do estado e reuniram várias escolas. Depois quando acabou o colégio eu comecei a fazer cursinho, já pensando em fazer faculdade de artes cênicas. Passei no vestibular e comecei a cursar a faculdade na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Entrei na faculdade e comecei a ter aula de corpo, de voz, todo currículo normal. Paralelo a isso montamos um grupo de pesquisa de corpo e de pré-expressividade, de coisas que o ator tem de ter antes de entrar em cena. Depois disso eu comecei a fazer publicidade e outras linguagens, entrei em uma agência de modelos que me indicou para fazer testes. Fiz alguma coisa de cinema na casa de cinema de Porto Alegre. Então chegou o momento há dois anos atrás que fiz o teste para entra na oficina de atores da Globo. Passei e mudei para o Rio. Fiquei um ano e meio contratado pela emissora. Vim para cá estudar e morar sozinho, uma experiência nova para mim e pude trazer todo a minha vivência de faculdade que é uma coisa muito legal de salientar. A experiência que a faculdade dá para o ator, nenhum outro tipo de escola vai dar. Todas as pessoas que estão ali querem fazer aquilo com professores que também querem estar li, já que a remuneração não é boa. Eu pude trazer toda minha bagagem e grupo de pesquisa pra cá para a oficina de atores que me agregou muito. Tudo foi muito modificador. Eram aulas de das 10h da manhã às 19h, de segunda a sexta-feira. Foi um processo transformador”.




FZS: Como foi ganhar um prêmio de melhor ator logo no início de sua carreira?


Thiago: “Foi uma descoberta, por que estes festivais as peças eram autorais, tínhamos montado D’artagnan e dos Três Mosqueteiros. E era tudo muito novo, era muito mais intuição do que qualquer outra coisa. Talvez eu não tenha levado tão a sério assim essa história de prêmio ou não, por que estava todo mundo se divertindo. Mais isso já foi um indicio muito forte do que eu iria fazer para resto da minha vida. O meu primeiro contato com o teatro de verdade foi nesses festivais. O fato de ter conseguido me experimentar o bastante para as pessoas me reconhecerem e elogiarem ao ponto de ganhar um prêmio foi maravilhoso. Mais para me dar um norte do que eu quero fazer do que propriamente um prêmio”.




FZS: E existe hoje a vontade de ganhar mais prêmios?




Thiago: “Existe vontade, mas eu acho que isso é conseqüência. Muito mais do processo de trabalho do que de qualquer outra coisa. Eu não trabalho pensando em ganhar prêmio. Se você começar um trabalho pensando nisso, não vai ser sincero com você, nem com a figuro que você esta montando. Os prêmios são muito bem vindo, se vierem, mas isso é conseqüência”.




FZS: Qual foi a importância da formação acadêmica na sua trajetória?


Thiago: “O Rio de Janeiro é um mercado muito inflado, então quando eu vim para cá, senti que quanto mais experiência e estrumentalização eu tiver, eu não vou ser mais um. Você tem com o que trabalhar, caso que exijam algum determinado aspecto. Eu acho que o talento é muito importante, mas mais importante é a técnica, por que é a técnica que vai salvar. É ela que vai fazer você repetir 50 vezes o mesmo espetáculo, como aconteceu semana passada aqui, quando completamos 50 apresentações. O talento vai ajudar a você ter um certo brilho, mas é a técnica que vai fazer você entrar em contato com o espectador. O talento e a simpatia têm hora que não vem, tem hora que você não acorda bem, ou de mau humor, tem hora que você não quer fazer e o que vai salvar vai ser a técnica”.




FZS: E como sair de casa e vir para o Rio de Janeiro?


Thiago: “Isso foi um processo muito rico para mim, principalmente como ator. Eu gosto de citar um livro chamado Cartas a um Jovem Poeta, de um autor alemão, ele fala que uma das coisas que ator, poeta ou profissional da arte precisa passar é o processo da solidão. E a solidão não precisa ser alguma coisa ruim, pode ser um silencio e vir morar sozinho aqui, em outra cidade, me veio essa citação. Esse processo de altoconhecimento é muito importante. Passei por alguns perrengues aqui, mas isso me ajudou a crescer. Quando eu cheguei aqui eu passei por algumas provas que me fizeram ver que aqui vai ser o meu lugar. É aqui que eu quero construir minha carreira e começar a trabalhar’’.


FZS: E como foi a experiência com publicidade?



Thiago: “Eu trabalhei muito com publicidade no sul, paralelo a faculdade eu comecei a fazer testes. Fiz mais 30 propagandas. Foi bem legal por que foi meu primeiro contato com o veículo televisão”.


FZS: Como você foi selecionado para a oficina de atores da TV GLOBO?

Thiago: “Foi um processo de testes bem forte. O Leo Gama que é responsável pela pesquisa da Globo foi para o sul e lá ele marcou uma entrevista comigo, através da agência e a partir dessa entrevista ele decidiu que eu poderia fazer um registro. Me deu um texto, um monologo, eu gravei e ele trouxe a fita aqui pro Rio. Duas semana depois ele me ligou dizendo que eu estava sendo selecionado para começar a fazer os testes para a oficina. Eu vim pro Rio, fiquei uma semana aqui, e participei de uma bateria de três dias de testes. Dinâmica de grupo, exercício de improvisação, você grava uma cena em dupla e no final do processo você grava um monologo. E essa gravação vai passar por uma banca de diretores da casa e de professores da oficina e depois de umas duas ou três semana ele me ligou novamente. Eu me lembro de cada detalhe. Eu estava trabalhando na assistência de produção de elenco em uma produtora, estava editando um vídeo, e meu telefone tocou com o DDD 021. Ele disse para eu pensar em uma notícia boa e eu não acreditei. Sai e fui pra rua e liguei para minha mãe”.



FZS: Quais foram seus trabalhos dentro da oficina?


Thiago: “Eu fiz Ciranda de Pedra, A Favorita, Casos & Acasos, Dicas de um Sedutor, Toma lá dá cá, todos durante minha estada na oficina. Temos um contato bem estreito com os produtores de elenco, eles vão lá na oficina conhecer a gente e conversar. Foram participações pequenas, mas todas com texto. O teatro é minha casa, é onde eu nasci. Onde eu me descobri ator. E entrar em contato com toda aquela produção que a Tv Globo tem, com aquela estrutura imensa faz muito bem. Conheci pessoas maravilhosas, a Arlete Salles tem uma foto muito interessante comigo, eu fiz o namorado dela em Toma lá dá cá e tinha de beijar e foi uma coisa tão tranqüila. Foi uma experiência muito boa ter passado por lá e ter participado da oficina”.



FZS: você já cantava antes do musical?




Thiago: Eu tocava violão de vez em quando com os amigos. Eu fui aperfeiçoar para o espetáculo. Comecei a fazer aula de canto, fonoaudiólogo e isso muda tudo. Quando eu fui fazer aula mesmo e ter noção de tempo, de nota, de sustentação, ritmo e coisas assim, foi bem diferente. Sempre tive contato com a musica, mas como hobby. Eu me lembro quando criança que minha mãe antes de dormir rodava um LP e fazia eu identificar onde estava o som de cada instrumento. Onde estava o som do baixo, do teclado, se tinha segunda voz, então essa musicalidade que eu tenho hoje começou na infância”.


FZS: E como foi ser selecionado para participar de O Despertar da Primavera?



Thiago: “O meu empresário ficou sabendo da audição e a produtora de elenco pediu para que eu gravasse uma demo. Fui para um estúdio gravei uma demo (violão e voz) e a partir disso ela me convidou para fazer a audição. Tinha de cantar uma musica de musical e comecei a pesquisar. Eu me apavorei, as músicas que eu pesquisei eram óperas. No dia do teste até o pianista não consegui me acompanhar. Acabou o teste eu olhei para o Charles e disse é isso. E ele disse que foi bom e me chamou. Conversou comigo e disse que eu passaria para a segunda audição e ele me deu uma cena da peça e pediu para eu cantar outra música. Voltei dois dias depois com a cena e a outra música. Essa audição foi um momento muito especial para mim por que eu já estava hã um ano e meio aqui no Rio só fazendo televisão e o teste foi em um teatro. Foi no Teresa Rachel. Quando eu entrar para fazer a audição e vi que era um teatro disse logo: aqui é minha casa, aqui é meu ninho de experimentação. Então por mais que eu não soubesse o que ia acontecer neste minha primeira audição foi tudo muito confortável para mim, fui muito feliz durante aquele minutos. E isso foi importante para eu estar aqui agora neste espetáculo”.



FZS: O que narra o espetáculo?



Thiago: “O espetáculo é de um texto do século XIX, de 1891, de um autor chamado Frank Wedekind. É um texto que trata sobre as figuras de autoridade e os jovens. Ele logo de início é quase uma tragédia, o musical dá uma aliviada. Ele trata de insesto, aborto, suicídio, relação homossexual e masturbação. Ele pega todos esses questionamentos e esses conflitos adolescentes e joga para uma época onde tudo era muito reprimido. Estamos na Alemanha em 1891 tratando de assuntos que até hoje são polêmicos. O autor fez uma das cenas em que eu faço que é de um beijo homossexual, ele fez esta cena por que encontrou dois amigos mortos no campo. Provavelmente dois amigos que se amavam e não conseguiram agüentar tamanha repressão da sociedade e selaram um certo pacto e foram encontrados mortos. As músicas vieram a partir de um workshop de oito anos da Broadway. Eles pegaram o texto e condensaram. As músicas mostram momentos da peça que não são falados. Elas entram no plano do pensamento dos personagens. O texto é maravilhoso de se trabalhar, eu já tinha visto ele sendo encenado lá em Porto Alegre e ele é cada vez mais envolvente. Estamos em cartaz desde agosto e cada dia é um dia diferente”.



FZS: Quando você fez a audição você já sabia que se tratava de um texto polêmico?




Thiago: “Sabia que era um texto polêmico, mas não sabia que o meu personagem, que é o Hanschen, seria o mais polêmico. O Hanschem é tratado pelo autor como o início do nazismo na Alemanha. Todos os jovens da história vão caindo e ele é o único que sobre. Mas por que isso? Porque ele sabe lidar com o sistema. Ele é frio e cruel, mas em compensação é o único jeito que ele arranja para sobreviver nesse meio. Ele é bem subversivo! E tem duas cenas chaves que são bem fortes e polêmicas. Umas que é de masturbação e outra cena homossexual. Então além de tudo é um desafio tremendo e diário”.



FZS: De onde veio a inspiração para interpretar o Hanschen?

Thiago: “Eu vi muitos filmes do Fassbinder que é um diretor alemão e vi muitas vezes A Queda: As últimas horas de Hitler. Por que o alemão, ele é quase um alien para nós brasileiros por que nas situações mais perigosas ele esta com controle, ou pelo menos aparenta isso. Um bomba pode estar explodindo daqui há 5 segundos, mas ele aparentemente terá controle sobre isso, por mais que não tenha. E o meu personagem só sobrevive por que ele é assim”.




FZS: E como é a reação do público com o seu personagem?





Thiago: “A reação foi surpreendente por que o Hanschen é muito cínico. E o cinismo é uma porta muito boa para você dialogar com o público. Por que ele torna as situações mais constrangedoras em engraçadas. A resposta do público foi muito boa por que eles não afastam, eles entendem que ele é um subversivo e tem um certo carisma. Tanto a cena da masturbação como a cena do beijo eu recebi depoimentos de pessoas que disseram que na adolescência passaram por esta mesma situação de o pai bater na porta do banheiro. As pessoas se identificar. No inicio da temporada era quase todo o teatro lotado com pessoas de mais de 60 anos, agora as pessoas mais jovens estão descobrindo o espetáculo. Estar lindando com o público gay também esta sendo muito legal. Por que eles realmente estão acolhendo a cena de uma maneira muito bacana”.




FZS: E como tratar de temas tão polêmicos sem cair nos clichês?


Thiago: “Sendo sincero. A minha única alternativa com o Hanschen é ser sincero com ele. Por que se eu criticar ele ou colocar um rótulo na cara dele, se chamá-lo de vilão ou homossexual, não. O texto é muito bom e se você parar para ler e estudar tem tudo ali. Eu trato com a mesma sinceridade que eu trato o Thiago. A impressão que eu tenho é que o Hanshcen coloca os assuntos na mesa de jantar. As pessoas vem me falar isso. E isso é de uma importância e honra para mim de estar conseguindo abrir espaço em famílias mesmo, para conversar sobre esses temas. E a cena da masturbação foi um processo bem focado nesse sentido assim. Tem o cuidado de ser sutil, mas também tem a ânsia do cara que esta ali. Ele se masturba com uma pintura renascentista. Essa cena é muito técnica. Por que existe uma preocupação e com o ritmo e é uma cena que tem quebra toda hora, pois o pai dele bate na porta toda hora. É um espetáculo onde você não vai sair do jeito que entrou. Alguma pulga atrás da orelha você vai ter”.




FZS: Você pretende continuar fazendo musicais?




Thiago: “Eu estou fascinado. Trabalhar com Charles e com Cláudio é um privilegio imenso. É de um profissionalismo, sinto que todo mundo abraçou o espetáculo de uma maneira muito intensa. É um trabalho que exige tudo do ator, tem que estar com o corpo excelente, com uma voz excelente e a parte de interpretação. Além de tudo é um exercício muito gostoso e pretendo continuar”.


FZS: E os planos para 2010?


Thiago: “Agora eu só penso no espetáculo assim. Vou deixar vir o que tiver de vir. Mas o meu foco agora é continuar com o espetáculo. Penso em trabalhar com cinema e televisão, por que o ator tem de estar preparado para todas as linguagens. Então venha o que tiver de vir”.



Serviço


“O Despertar da Primavera”
Teatro Villa-Lobos - Av. Princesa Isabel, 440. Copacabana


Temporada de 21 de agosto a 15 de novembro
Quintas e sextas, às 21h/ Sábados, às 21h30. Domingos, às 18h.
Ingressos a R$ 60 (quintas e sextas); R$ 70 (domingos) e R$ 80 (sábados).
Classificação 14 anos

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Nova edição

Estamos preparando a nova edição do Folha Zona Sul. A partir de agora este espaço será atualizado mais constantemente e assim poderemos interagir mais com nosso público leitor.
Aqui você conhece os bastidores das notícias, a elaboração das pautas e como as matérias são feitas.
Aguarde, em breve, tem mais novidades!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Olha quem passou pelo Fashion Rio...

O Fashion Rio, semana da moda carioca, reuniu nos últimos dias várias celebridades no Píer Mauá, nas Docas. Veja quem passou por lá nas fotos de Christian Rodrigues e Rogério Resende:



Flávia Alessandra

Angela Vieira



Sabrina Sato e Christian Pior



Larissa Maciel



Preta Gil

sábado, 23 de maio de 2009

Pré-estreia de Jonas Brothers em 3D

Jonas Brothers (Kevin, Joe e Nick)
Joe e Nick
Kevin e Joe

Kevin, Joe e Nick

Fiorella entrevista do Jonas Brothers para o Video Show




Fotos: Fábio Barbosa

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

22/10 Pré-Estréia Luana Piovani

Situação de cupido: Mostrei para Luana o que Dado havia respondido sobre ela e...não deu outra, entraram no clima e a imprensa foi à loucura com o beijo.
Dado fiscaliza as respostas de Luana, que aliás, estava super feliz e show de simpatia...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

22/10 Coquetel VIP

Daniele Winitz e Cássio Reis que partiparam da próxima enquete FZS

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A História do Teatro Tablado


No dia 28 de outubro de 1951, Anibal Monteiro Machado, Maria Clara Machado, Eros Martim Gonçalves, Stélio Emanuel de Alencar Roxo, Edelvira Fernandes, Carmem Sylvia Murgel, Eddy Cintra de Rezende, Oswaldo Neiva, Carlos Augusto Alves dos Santos, Marília Macedo, Jorge Leão Teixeira, Antonio Gomes Filho, Dea Fernandes, João Augusto de Azevedo Filho, João Sérgio Marinho Nunes e Isabel Bicalho deram início a construção de um sonho: O Teatro Tablado. O nome do teatro surgiu da reunião, realizada na Rua Visconde de Pirajá, 487, em Ipanema. O Sr. Eros Gonçalves batizou, juntamente com o Sr. João Sérgio Nunes o grupo de “Teatro Amador O TABLADO”. Um nome que expressava efetivamente a vontade do grupo e orientaria os trabalhos a serem realizados.Naquela mesma reunião foi debatido a primeira peça que seria apresentada pelo grupo de atores. Entre as propostas surgiram duas opções, “O Moço Bom e Obediente” de Barr e Stevens e “A Farsa do Pastelão e a Torta”. Ambas as propostas foram aceitas e Maria Clara Machado escolhida para dirigir o primeiro espetáculo.A história do Teatro Tablado se confundi com as narrativas do nascimento do gênero infantil na dramaturgia brasileira. Desde sua inauguração em 1951 foram montados mais de 100 espetáculos.

Veja a tabela abaixo:

Década de 1950: 31 espetáculos

Década de 1960: 23 espetáculos

Década de 1970: 19 espetáculos

Década de 1980: 21 espetáculos

Década de 1990: 19 espetáculos

Anos 2000: 11 espetáculos

Destaque especial para os espetáculos “A Bruxinha que Era Boa” e “Pluft O Fantasminha” que ilustram a imaginação de inúmeras crianças por todo o país.
Maria Clara Machado

Mineira, atriz, diretora, professora e escritora. Maria Clara Machado é daqueles seres humanos que vieram a terra para trabalhar. Filha do escritor mineiro, Aníbal Machado e de Aracy Jacob Machado, nasceu em Belo Horizonte no dia 03 de abril de 1921.Na sua infância veio morar na Cidade do Rio de Janeiro, então capital do país. Sua carreira artística começou com teatro de bonecos onde atuou durante cinco anos de sua vida. Após viver essa experiência publicou o livro “Como fazer Teatrinho de Bonecos”. Nesse mesmo período escreveu cerca de dez peças para teatro de fantoche.No ano de 1950 recebeu uma bolsa de estudos do Governo Francês e foi estudar teatro em Paris. Na Europa, recebeu outra bolsa, dessa vez concedida pela UNESCO. Entre os cursos que fez, destaca-se o de Etienne Decroux com técnicas de mímica. Voltou ao Brasil e fundou “O Tablado”. Companhia que dirigiu durante toda sua vida, localizada no bairro do Jardim Botânico, no Rio.Maria Clara Machado fundou a revista “Cadernos de Teatro” que, serviu de orientação para grupos e professores de Artes Cênicas. Lecionou no Conservatório Nacional de Teatro, atualmente Escola de Teatro da UNI-Rio, onde foi professora de Improvisação.Em 1961 foi convidada pelo governo do Estado da Guanabara para dirigir o Serviço de Teatro e Diversões do Estado e ao mesmo tempo exerceu a função de Secretária-Geral do Teatro Municipal do Rio de Janeiro (ocupou o cargo até princípio de 1963).Em 1965 representou o Brasil no Congresso de Teatro para a Juventude, realizado em Paris. Naquela ocasião teve oportunidade de ver encenada sua peça "O Cavalinho Azul", em Paris, para representar o Brasil no Congresso de ILT, da UNESCO em Tel Aviv.

Em 1964 criou um curso de improvisação no TABLADO, que dirigiu até o seu falecimento.
Maria Clara Machado escreveu 24 livros e 32 espetáculos. É um dos ícones mais lembrados e estudados na história do teatro brasileiro. Foi uma mulher à frente do seu tempo que, escreveu com dedicação e trabalho textos imortais da literatura teatral brasileira.

Por Fábio Barbosa
Foto: Agência FB

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Me dá que eu te dou!

Quem não gosta de receber um presente? Ainda mais aquele que queria tanto ou precisava muito. E declaração de amor? Da pessoa por quem estamos apaixonados então? Melhor ainda quando achamos que não somos correspondido e, de repente, um: “Estou louca por você!”. E quando a gente brigou com alguém que gosta e está naqueles silêncios doloridos onde um não fala com o outro, mesmo querendo? Então, a outra pessoa vem e diz: Vamos parar com isso?! E pedido de desculpas? A sensação é fantástica. Primeiro a certeza de que estava certo, segundo, de carinho, porque a pessoa que pede perdão assim o faz porque se importa com a gente. Quebra de orgulho ou de um galho. Só uma ligação, uma hora, um dia e sua vida pode mudar se alguém lhe ajudar. Ajudar! Como é bom receber ajuda. Carro quebrou numa estrada deserta. Indicação para um trabalho melhor. Algo emprestado. Problemas familiares ou de relacionamento. Depressão. É tão bom ter aquilo que a gente precisa, nem que seja um pouquinho de atenção.
Agora vamos inverter a situação. Quando foi a última vez que você quebrou o galho de alguém, pediu desculpas sinceras ou deu um presente sem data especial? Já fez uma declaração de amor? Seja sincero com você mesmo. Na escola para a coleguinha quando tinha seis anos? Fala sério!
O ser humano é muito engraçado: quer amor, atenção, oportunidades, mas não quer dar. Quer ver todas suas necessidades sanadas, porém quando alguém vira pra pedir ajuda: “Pô to sem tempo”. “Claro que posso, já te ligo” e desliga o celular ou verifica a bina antes de atender. “Queria muito te ajudar, mas tenho missa de um mês de falecimento da Bisavó da sobrinha da prima do irmão da minha vizinha”
É o jogo de cintura pra driblar qualquer trabalho que não seja em benefício próprio. É egoísmo? Não! É insegurança. Natural num país de terceiro mundo onde o complexo de inferioridade é latente desde que nascemos. Somos um país pobre, mas não somos incapazes. A principal riqueza que nos falta é a de espírito, porque nos achamos ridículos fazendo declarações, bobos dando presentes à toa, inferiores pedindo perdão, idiotas por ajudar alguém, medíocres por dar o braço a torcer. E, se admitirmos um erro, certamente descobrirão que somos um fracasso. Quanta bobagem no mundo.
Todas as atitudes que possam exaltar o outro vão contra a principal necessidade proveniente da competição capitalista da sociedade atual: diminuir ao outro para garantir sua própria auto-estima. Aliás, numa sociedade hipócrita, de valores tão equivocados, ser autêntico é um ato de coragem. Por tudo isso, dói quando a gente vê o outro feliz, por isso a gente se nega a elogiar qualidades e reconhecer talentos. Por isso a inveja. Então somos falsos, trapaceamos, pisamos, mentimos, agredimos, corrompemos, subornamos, ofendemos, traímos e fingimos ser o máximo. E no meio de tanta mentira, acabamos nos perdendo das nossas próprias e reais capacidades. Somos medíocres ao tentar não ser. Contradição absurda. Uma maioria que perde a paz e passa as horas sob a tensão de ser desmascarada. É uma bola de neve. Ansiedade, TOC, depressão, transtorno bipolar, insônia, cocaína, maconha, alcoolismo, cigarro, promiscuidade. Perdemos pra nós mesmos e corremos atrás de um prejuízo que não precisava existir. Torpe miopia! Fingimos ser aquilo que não somos para ser melhor perante todos, e tolos, não percebemos que ser a gente mesmo é ser melhor para nós, para o mundo, e, principalmente, para ser feliz...

Luciano Cazz

Click Zona Sul

Bruno Gagliasso: gente fina e o próximo Perfil da FZS! A foto foi na Melt 15-10 onde ele tirou onda de Dj

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Festival do Rio 26/09

Marcelo Antony com a Edição 04 do FZS
Ary Fontora em click da fotógrada Ana Beatriz


Felipe Dylon posa com a FZS


O elenco de "A Guerra dos Rocha" posa para imprensa...


O gente fina Lucio Mauro Filho, mais uma vez participa de nossa enquete

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ele tem namorado e não é gay?!

A liberdade sexual está cada vez mais rompendo fronteiras, assim como o preconceito se corrói. Entretanto, há muito ainda o que refletir.
Ontem, um dos meus melhores amigos me contou com muita naturalidade:
- Sabe o Rafa?
- Que divide o apê contigo...
- Isso. É meu namorado.
A primeira sensação foi de que era mais uma brincadeira. Mas no seu olhar percebi que era papo reto. Fiquei tenso. Na real chocado. E acabei balbuciando o que parecia evidente:
- Você é gay?
- Não!
Voltei a pensar que era zoação. Um cara que namora um homem e não é gay?!
- Descreva uma camisa gay.
- Justa, rosa.
Fui sucinto e óbvio. Estava confuso.
- Eu usaria essa camisa?
- De jeito nenhum!
Respondi rindo porque esse meu amigo é muito tosco. Não usa nem loção pós-barba.
- Então dentro desse conceito de gay que você aplicou na camisa, eu sou gay?
- Caramba...Não! Mas então?
- Gay é um rótulo criado pelo preconceito. O problema não está na palavra, mas na forma como ela é utilizada. “Ele é gay!” Geralmente com raiva, decepção, amargura, deboche ou apenas para diminuir. Raramente uma constatação sem censura ou maldade. Pior ainda é veado, boiola, bicha. Palavras que carregam consigo o signo de atração entre dois homens de forma totalmente pejorativa, embutindo um preconceito que beira à ignorância e transforma uma simples realidade em algo depreciativo, ruim, errado. Um conceito social equivocado que derruba a auto-estima de quem sente atração por iguais lá no chão. Ainda mais num mundo onde a diversidade sexual é muito vasta para ser rotulada em apenas dois ou três aspectos.
Para me envolver com outro homem não preciso dessa nomenclatura, cilada da burguesia para derrubar a aristocracia passada, cujos desejos não eram reprimidos.
Ser “meio gay” não tem nada a ver com sentir atração por homens, e sim, com ter trejeitos afeminados. E não é porque sou capaz de amar um homem que preciso falar: Ma-ra-vi-lhóóó-sa. Nunca quis ser mulher. Gosto de ser homem.
As pessoas mitificam o sexo entre iguais. Se o cara passa a vida inteira transando com mulher e um dia ele se envolve com um homem, é gay. Melhor, se descobriu. Agora se resolve trocar um homem por uma mulher, é lapso. E nunca deixará de ser rotulado como gay. Até porque a maioria prefere ver o foco sobre a (homo)sexualidade do outro. Assim, não precisa admitir, nem para si mesmo, sua própria atração pelo igual, eximindo-se de toda carga negativa, culposa e até suja, criada arbitrariamente, em torno do conceito do sexo entre pessoas do mesmo gênero. Ou você tem alguma dúvida de que o homofóbico deseja homens?
Eu gosto de homens sim e se esse sentimento nasce tão naturalmente em mim, porque vou agir de forma diferente?
Diante das palavras do meu amigo do peito, algumas coisas foram clareando, mas outras permaneceram completamente iguais. Mesmo com a revelação, a ele, realmente, não se encaixava o conceito de gay, mas o de grande homem, eu não tinha mais dúvidas...
Luciano Cazz

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

00 Curtas

Domingos, Bruno e Grazinha
Platéia do Evento

Leo Paes Leme, Bruno Padilha, Mito Pontual e Domingos Meira



quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Terça em Movimento

Ramon---o mágico, Guilherme Trajano, Sylvia, Bruna e Fas
Ronan, Dora Vergueiro---show de talento, Nem, Daniel Fontes e Nem também....

Karla, Luciana, Fas e Julienne


Bernardo Mendes- gente fina, e Fas



Capas do Jornal FOLHA ZONA SUL

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Edição 01
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