sexta-feira, 24 de outubro de 2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
A História do Teatro Tablado
No dia 28 de outubro de 1951, Anibal Monteiro Machado, Maria Clara Machado, Eros Martim Gonçalves, Stélio Emanuel de Alencar Roxo, Edelvira Fernandes, Carmem Sylvia Murgel, Eddy Cintra de Rezende, Oswaldo Neiva, Carlos Augusto Alves dos Santos, Marília Macedo, Jorge Leão Teixeira, Antonio Gomes Filho, Dea Fernandes, João Augusto de Azevedo Filho, João Sérgio Marinho Nunes e Isabel Bicalho deram início a construção de um sonho: O Teatro Tablado. O nome do teatro surgiu da reunião, realizada na Rua Visconde de Pirajá, 487, em Ipanema. O Sr. Eros Gonçalves batizou, juntamente com o Sr. João Sérgio Nunes o grupo de “Teatro Amador O TABLADO”. Um nome que expressava efetivamente a vontade do grupo e orientaria os trabalhos a serem realizados.Naquela mesma reunião foi debatido a primeira peça que seria apresentada pelo grupo de atores. Entre as propostas surgiram duas opções, “O Moço Bom e Obediente” de Barr e Stevens e “A Farsa do Pastelão e a Torta”. Ambas as propostas foram aceitas e Maria Clara Machado escolhida para dirigir o primeiro espetáculo.A história do Teatro Tablado se confundi com as narrativas do nascimento do gênero infantil na dramaturgia brasileira. Desde sua inauguração em 1951 foram montados mais de 100 espetáculos.
Veja a tabela abaixo:
Década de 1950: 31 espetáculos
Década de 1960: 23 espetáculos
Década de 1970: 19 espetáculos
Década de 1980: 21 espetáculos
Década de 1990: 19 espetáculos
Anos 2000: 11 espetáculos
Destaque especial para os espetáculos “A Bruxinha que Era Boa” e “Pluft O Fantasminha” que ilustram a imaginação de inúmeras crianças por todo o país.
Maria Clara Machado
Mineira, atriz, diretora, professora e escritora. Maria Clara Machado é daqueles seres humanos que vieram a terra para trabalhar. Filha do escritor mineiro, Aníbal Machado e de Aracy Jacob Machado, nasceu em Belo Horizonte no dia 03 de abril de 1921.Na sua infância veio morar na Cidade do Rio de Janeiro, então capital do país. Sua carreira artística começou com teatro de bonecos onde atuou durante cinco anos de sua vida. Após viver essa experiência publicou o livro “Como fazer Teatrinho de Bonecos”. Nesse mesmo período escreveu cerca de dez peças para teatro de fantoche.No ano de 1950 recebeu uma bolsa de estudos do Governo Francês e foi estudar teatro em Paris. Na Europa, recebeu outra bolsa, dessa vez concedida pela UNESCO. Entre os cursos que fez, destaca-se o de Etienne Decroux com técnicas de mímica. Voltou ao Brasil e fundou “O Tablado”. Companhia que dirigiu durante toda sua vida, localizada no bairro do Jardim Botânico, no Rio.Maria Clara Machado fundou a revista “Cadernos de Teatro” que, serviu de orientação para grupos e professores de Artes Cênicas. Lecionou no Conservatório Nacional de Teatro, atualmente Escola de Teatro da UNI-Rio, onde foi professora de Improvisação.Em 1961 foi convidada pelo governo do Estado da Guanabara para dirigir o Serviço de Teatro e Diversões do Estado e ao mesmo tempo exerceu a função de Secretária-Geral do Teatro Municipal do Rio de Janeiro (ocupou o cargo até princípio de 1963).Em 1965 representou o Brasil no Congresso de Teatro para a Juventude, realizado em Paris. Naquela ocasião teve oportunidade de ver encenada sua peça "O Cavalinho Azul", em Paris, para representar o Brasil no Congresso de ILT, da UNESCO em Tel Aviv.
Em 1964 criou um curso de improvisação no TABLADO, que dirigiu até o seu falecimento.
Maria Clara Machado escreveu 24 livros e 32 espetáculos. É um dos ícones mais lembrados e estudados na história do teatro brasileiro. Foi uma mulher à frente do seu tempo que, escreveu com dedicação e trabalho textos imortais da literatura teatral brasileira.
Por Fábio Barbosa
Foto: Agência FB
Foto: Agência FB
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sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Me dá que eu te dou!
Quem não gosta de receber um presente? Ainda mais aquele que queria tanto ou precisava muito. E declaração de amor? Da pessoa por quem estamos apaixonados então? Melhor ainda quando achamos que não somos correspondido e, de repente, um: “Estou louca por você!”. E quando a gente brigou com alguém que gosta e está naqueles silêncios doloridos onde um não fala com o outro, mesmo querendo? Então, a outra pessoa vem e diz: Vamos parar com isso?! E pedido de desculpas? A sensação é fantástica. Primeiro a certeza de que estava certo, segundo, de carinho, porque a pessoa que pede perdão assim o faz porque se importa com a gente. Quebra de orgulho ou de um galho. Só uma ligação, uma hora, um dia e sua vida pode mudar se alguém lhe ajudar. Ajudar! Como é bom receber ajuda. Carro quebrou numa estrada deserta. Indicação para um trabalho melhor. Algo emprestado. Problemas familiares ou de relacionamento. Depressão. É tão bom ter aquilo que a gente precisa, nem que seja um pouquinho de atenção.
Agora vamos inverter a situação. Quando foi a última vez que você quebrou o galho de alguém, pediu desculpas sinceras ou deu um presente sem data especial? Já fez uma declaração de amor? Seja sincero com você mesmo. Na escola para a coleguinha quando tinha seis anos? Fala sério!
O ser humano é muito engraçado: quer amor, atenção, oportunidades, mas não quer dar. Quer ver todas suas necessidades sanadas, porém quando alguém vira pra pedir ajuda: “Pô to sem tempo”. “Claro que posso, já te ligo” e desliga o celular ou verifica a bina antes de atender. “Queria muito te ajudar, mas tenho missa de um mês de falecimento da Bisavó da sobrinha da prima do irmão da minha vizinha”
É o jogo de cintura pra driblar qualquer trabalho que não seja em benefício próprio. É egoísmo? Não! É insegurança. Natural num país de terceiro mundo onde o complexo de inferioridade é latente desde que nascemos. Somos um país pobre, mas não somos incapazes. A principal riqueza que nos falta é a de espírito, porque nos achamos ridículos fazendo declarações, bobos dando presentes à toa, inferiores pedindo perdão, idiotas por ajudar alguém, medíocres por dar o braço a torcer. E, se admitirmos um erro, certamente descobrirão que somos um fracasso. Quanta bobagem no mundo.
Todas as atitudes que possam exaltar o outro vão contra a principal necessidade proveniente da competição capitalista da sociedade atual: diminuir ao outro para garantir sua própria auto-estima. Aliás, numa sociedade hipócrita, de valores tão equivocados, ser autêntico é um ato de coragem. Por tudo isso, dói quando a gente vê o outro feliz, por isso a gente se nega a elogiar qualidades e reconhecer talentos. Por isso a inveja. Então somos falsos, trapaceamos, pisamos, mentimos, agredimos, corrompemos, subornamos, ofendemos, traímos e fingimos ser o máximo. E no meio de tanta mentira, acabamos nos perdendo das nossas próprias e reais capacidades. Somos medíocres ao tentar não ser. Contradição absurda. Uma maioria que perde a paz e passa as horas sob a tensão de ser desmascarada. É uma bola de neve. Ansiedade, TOC, depressão, transtorno bipolar, insônia, cocaína, maconha, alcoolismo, cigarro, promiscuidade. Perdemos pra nós mesmos e corremos atrás de um prejuízo que não precisava existir. Torpe miopia! Fingimos ser aquilo que não somos para ser melhor perante todos, e tolos, não percebemos que ser a gente mesmo é ser melhor para nós, para o mundo, e, principalmente, para ser feliz...
Luciano Cazz
Agora vamos inverter a situação. Quando foi a última vez que você quebrou o galho de alguém, pediu desculpas sinceras ou deu um presente sem data especial? Já fez uma declaração de amor? Seja sincero com você mesmo. Na escola para a coleguinha quando tinha seis anos? Fala sério!
O ser humano é muito engraçado: quer amor, atenção, oportunidades, mas não quer dar. Quer ver todas suas necessidades sanadas, porém quando alguém vira pra pedir ajuda: “Pô to sem tempo”. “Claro que posso, já te ligo” e desliga o celular ou verifica a bina antes de atender. “Queria muito te ajudar, mas tenho missa de um mês de falecimento da Bisavó da sobrinha da prima do irmão da minha vizinha”
É o jogo de cintura pra driblar qualquer trabalho que não seja em benefício próprio. É egoísmo? Não! É insegurança. Natural num país de terceiro mundo onde o complexo de inferioridade é latente desde que nascemos. Somos um país pobre, mas não somos incapazes. A principal riqueza que nos falta é a de espírito, porque nos achamos ridículos fazendo declarações, bobos dando presentes à toa, inferiores pedindo perdão, idiotas por ajudar alguém, medíocres por dar o braço a torcer. E, se admitirmos um erro, certamente descobrirão que somos um fracasso. Quanta bobagem no mundo.
Todas as atitudes que possam exaltar o outro vão contra a principal necessidade proveniente da competição capitalista da sociedade atual: diminuir ao outro para garantir sua própria auto-estima. Aliás, numa sociedade hipócrita, de valores tão equivocados, ser autêntico é um ato de coragem. Por tudo isso, dói quando a gente vê o outro feliz, por isso a gente se nega a elogiar qualidades e reconhecer talentos. Por isso a inveja. Então somos falsos, trapaceamos, pisamos, mentimos, agredimos, corrompemos, subornamos, ofendemos, traímos e fingimos ser o máximo. E no meio de tanta mentira, acabamos nos perdendo das nossas próprias e reais capacidades. Somos medíocres ao tentar não ser. Contradição absurda. Uma maioria que perde a paz e passa as horas sob a tensão de ser desmascarada. É uma bola de neve. Ansiedade, TOC, depressão, transtorno bipolar, insônia, cocaína, maconha, alcoolismo, cigarro, promiscuidade. Perdemos pra nós mesmos e corremos atrás de um prejuízo que não precisava existir. Torpe miopia! Fingimos ser aquilo que não somos para ser melhor perante todos, e tolos, não percebemos que ser a gente mesmo é ser melhor para nós, para o mundo, e, principalmente, para ser feliz...
Luciano Cazz
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